quarta-feira, 4 de junho de 2008

CLARO ENIGMA

Claro Enigma, Carlos Drummond de Andrade

Claro Enigma CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Publicado originalmente em 1951, "Claro enigma" é um marco na poesia de Carlos Drummond de Andrade. O livro faz reflexões sobre os segredos do coração humano e do fazer poético e tem poemas famosos como "Memória" e "Amar".

Em "Claro Enígma" a proposta de Drummond parece ser a de escavar o real, mediante um processo de interrogações e negações, que acaba revelando o vazio à espreita do homem.

O Mundo define-se como "um vácuo atormentado" (existencialismo nihilista )".

A abolição de toda crença e o apagar-se de toda esperança trazem consigo o auto-fechamento do espírito.

Essa negatividade, a abolição de toda a crença, o apagar-se de toda a esperança traduzem-se pela expressão da dor, do vazio, da angústia, da consciência da queda que aprisiona todo ser vivo.É sempre nos meus pulos o limite.

É sempre nos meus lábios a estampilha.É sempre no meu não aquele trauma.Sempre no meu amor à noite rompe. Sempre dentro de mim meu inimigo.É sempre no meu sempre a mesma ausência..(O Enterrado Vivo)Então desanimamos . Adeus , tudoA mala pronta, o corpo desprendido,resta a alegria de estar só e mudo.De que se formam nossos poemas? Onde?Que sonho envenenado lhes responde,se o poeta é um ressentido, e o mais são nuvens?

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